A tecnologia e a aprendizagem por comunidades indígenas tailandesas
O texto tomado
por nosso grupo para análise foi o de David Cavallo[1].
Nele a experiência de um conjunto de projetos é tomada para referenciar a
importância da inserção da tecnologia e de sua consequente adaptação aos
interesses e necessidades de seus usuários, comunidades e grupos específicos.
Mais
especificamente Cavallo trata do Projeto Lighthouse[2]
a partir do qual acordos e objetivos traçados entre lideranças tailandesas e
especialistas do MIT dão a tona de um processo renovado e revolucionário de
educação no país. Entre eles:
· tornar o sistema educacional centrado no aprendiz;
· desenvolver habilidades de pensamento crítico;
· promover a inovação e a criatividade;
· desenvolver habilidades e o espírito colaborativo;
· aprender a aprender;
· promover familiaridade, habilidade e naturalidade no
trabalho com a tecnologia
· desenvolver uma aprendizagem “alegre”, isto é, resgatar o
prazer pela aprendizagem.
Ao
tratar do projeto na aldeia de Nong Bat, província de Buri ram, norte da
Tailândia, ele evidencia as condições de pobreza, associadas a problemas de
estiagem, como também de uma educação verticalizada, partido de “cima pra
baixo”. Evidenciando a evasão escolar e o interesse destes mesmos alunos, tidos
como problemas nas escolas, enquanto os mais interessados em novas propostas em
que passam a ter de fato um real protagonismo.
Província de Buri ram
(Tailândia)
Fonte: wikipedia
A partir do projeto foi identificada a necessidade de
construção de uma represa na área, cujo computador potencializou os processos
de construção, com o mapeamento de pontos e lugares ideais para sua
materialização. Além disso, a participação de indivíduos mais jovens manuseando
os equipamentos e os mais antigos orientando as discussões e estratégias de
forma coletiva.
Estas estratégias foram sendo pensadas a partir de
referências importantes, como a “cultura de motores” (citada pelo autor),
definindo as habilidades tácitas das comunidades na adaptação de motores para
diferentes fins práticos do cotidiano.
É possível concluir com o artigo a crítica de um modelo homogeneizado,
padrão e apriorístico de educação, em que o potencial de aprendizagem das
pessoas fica subestimado, em virtude de pressupostos que limitam o design de
intervenções.
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